terça-feira, 5 de abril de 2011

Os Lusíadas - Luís de Camões

Os lusíadas é um poema épico, dividido em dez cantos, que tem por temas a viagem de Vasco da Gama em busca do caminho marítimo para a índia e a história portuguesa,desde a luta contra os mourosinvasores até a consolidação do Estado luso e as grandes navegações. O assunto é a viagem de um herói, símbolo de um povo glorioso, á mercê dos deuses do Olímpio, que estão divididos sobre apoíá-lo ou não em sua destemida jornada. Nos primeiros estrofes conta-se a intenção do poema que é
celebrar os feitos lusitanos,
navegações e conquistas; a invocação às ninfas do Tejo (Tágides)para que dêem inspiração e uma dedicatória ao rei D. Sebastião. A partir da estrofe dezenove começa a narração da história propriamente dita onde acontece o concílio dos deuses sobre a ousada decisão dos portugueses: devem favorecê-los ou impedi-los? Júpiter é favorável; Baco, ferreamente
contrário; também são a favor Marte e Vênus, esta nos Portugueses vendo a raça latina descendente de seu filho Enéias. Baco, derrotado na assembléia divina, põe em ação a sua hostilidade contra os lusos, procurando impedir que cheguem à sua Índia, e para isto se valendo da gente africana, que lhes arma ciladas. Chegando a Mombaça, onde continuam as hostilidades de Baco na traição dos Mouros: os navegadores seriam sacrificados se acedessem ao pérfido convite do rei para desembarcarem. Vênus, porém, de novo os salva, intercedendo junto a Júpiter. E Júpiter profetiza os gloriosos feitos lusíadas no Oriente, e envia Mercúrio a Melinde, a fim de predispor os naturais desta cidade a bem acolherem os Portugueses, o que se cumpre. O rei de Melinde pede ao Gama lhe narre a história de Portugal. Ele conta e encanta o povo de Melinde, onde fazem uma festas aos Lusos e partida da frota para Calecute. Baco se junta a Netuno, no fundo dos mares e arma armadilhas para os lusos. Enquanto que Fernão Veloso narra o episódio dos Doze de Inglaterra para distrair a monotonia de bordo. Começa uma tempestade provocada pelo insidioso Baco, com nova intervenção de Vênus, que amaina o furor dos ventos. Chegada a Calecute , ação de graças do Gama e elogio da verdadeira glória. Chegando à Índia. elogio de Portugal pelo Poeta. Encontro com o mouro Monçaide, que descreve a Índia . Portugueses são recebidos pelo regente dos reinos, Catual e o Samorim. Trocam de gentilezas e informações. Paulo da Gama, irmão de Vasco, narra ao Catual a história dos heróis portugueses (Luso, Ulisses, Viriato, Sertório, D. Henrique, Afonso Henriques, Egas Moniz, etc.). Baco insiste na perseguição, instigando em sonhos os chefes dos nativos. Hostilidades, retenção do Gama em terra, que só se liberta a poder de dinheiro, o poder corruptor do vil metal. Retenção de Álvaro e Diogo, portadores da fazenda, mero pretexto para deterem-se os descobridores europeus. Por fim, libertados, recolhem às naus que preparam a volta à pátria. Vênus resolve premiar os heróis com prazeres divinos: a Ilha dos Amores e seu simbolismo. Na Ilha dos Amores canta uma ninfa as profecias de Proteu. Nova invocação do Poeta a Calíope, que permita condigna conclusão do poema. Relembrança das profecias da Ninfa; glórias futuras de Portugal no Oriente. Tétis mostra ao Gama a máquina do Mundo, como a viu Ptolomeu céus e te rras, com destaque para a Ilha de São Tomé. Partida da Ilha dos Amores e regresso a Portugal. Quase no final o poeta termina com um desalento pelo cantar a gente surda e endurecida e a fala final a D. Sebastião e conclusão do poema.


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