terça-feira, 5 de abril de 2011

Biografia de Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839 no Rio de Janeiro, filho de Francisco José de Assis, um mulato que pintava paredes, e Maria Leopoldina da Câmara Machado, lavadeira açoriana; e morreu em 29 de setembro de 1908 aos 69 anos de idade também no Rio de Janeiro, cidade a qual amava e onde se passam em geral suas narrativas.
Considerado como o maior nome da literatura nacional, escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Também não deixou de se envolver na (conturbada) política nacional da época (da qual não façlarei aqui). Ele é, também, considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881).
Sua extensa obra constitui-se de 9 romances e peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. Obra essa que foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de grande interesse acadêmico.
Foi (e ainda é!) tão importante para a literatura nacional (e internaional) que a Academai Brasileira de Letras (instituição que tem por fim "o cultivo da língua e a literatura nacional") é comumente chamada de “A Casa de Machado”, sendo ele o seu fundador.
A obra de Machado de Assis assume uma originalidade despreocupada com as modas literárias dominantes de seu tempo. Ele, como exímio intelectual e leitor, atribui a sua obra caráteres de arquétipos. Os irmãos Pedro e Paulo, em Isaú e Jacó, por exemplo, remontam ao arquétipo bíblico da rivalidade entre Caim e Abel, enquanto a psicose do ciúme de Bentinho em Dom Casmurro aproxima-se do drama Otelo, de William Shakespeare. Os acadêmicos também notam a constante presença do pessimismo. Suas últimas obras de ficção assumem uma postura desencantada da vida, da sociedade, e do homem. Crê-se que não acreditava em nenhum valor de seu tempo e nem mesmo em algum outro valor e que o importante para ele seria desmascarar o cinismo e a hipocrisia política e social.
A temática de Machado envolve desde o uso de citações referentes à eventos de sua época até os mais intricados conflitos da condição humana. Seus romances, por exemplo, tratam freqüentemente da escravidão sob o ponto de vista cínico do senhor de escravos, sempre criticando-o de forma oblíqua. Outra temática notada pelos acadêmicos na obra machadiana é a filosofia que lhe é peculiar. Há em sua obra um constante questionamento sobre o homem na sociedade e sobre o homem diante de si próprio.
Nunca é demais salientar que Toda leitura só tem à adicionar, mas Mahado de Assis é Machado de Assis!

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