quarta-feira, 13 de abril de 2011

Você Sabia...?

José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953.

Perguntas Sobre o livro "Memórias de um Sargento de Milícias."

1)Como Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça se conhecem?
R:Em uma viagem de navio rumo ao Brasil.Leonardo assenta uma pisadela em Maria, que retribiu com um besliscão. Assim iniciaram um namoro que acarretará o nascimento de um filho, chamado Leonardo.


2) Qual foi o motivo pelo qual Leonardo pai se separou de Marida-da-Hortaliça?
R: Leonardo pai, desconfia que Maria o traira, e depois com um tempo confirma suas suspeitas, não aceitando traições, ele termina o casamento.


3) Quem cuidou de Leonardo filho depois da separação de seus pais?
R: O padrinho do menino (que era barbeiro).


4) Quem não gostava do menino Leonardo pelo vizinhança onde ele começou a morar?
R: A vizinha de seu padrinho.


5) Quais foram os amores de Leonardo pai?
R: Maria-da-Hortaliça, e a Cigana.


6) O que era o "canto dos meirinhos"?
R: Era um lugar de encontro de pessoas de classes altas, no caso, classe respeitada.


7)Leonardo vai atras de uma cigana, faz um ritual e acaba sendo preso . Por quem ele foi preso ?
R:Leonardo foi preso pelo Major Vidigal.


8)Graças a quem, Leonardo depois de preso por conta do ritual que participou, foi libertado?
R:Graças ao comadre que resolver interceder ao delegado.


9)Como são as atitudes de Leonardo a medida que ele vai crescendo?
R:Leonardo torna-se cada vez mais abusado, briguento e sem estudos.


10)Quem foi José Manuel na vida de Leonardo?
R: José Manuel, foi um concorrente de Leonardo filho, pois quando ele (Leonardo) se apaixonou por Vidinha (sobrinha de sua vizinha), José Manuel também queria ser o amor da jovem menina, e os dois ficavam em um "disputa".

Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida (Resumo de Livro)

  Os Portugueses Leonardo-Pataca e Maria-da-Hortaliça, se conheceram numa viagem de navio rumo ao Brasil. Leonardo-Pataca assenta uma pisadela em Maria que retribui dando-lhe um beliscão. Iniciaram assim o namoro que acarretará o nascimento do menino, Leonardo, “filho de uma pisadela e de um beliscão.”; segundo narrado na história, “formidável menino de quase três plamos de comprido, gordo e vermelho, cabeludo esperneador e chorão; o qual logo depois que nasceu mamou duas horas seguidas sem largar o peito. E este nascimento é certamente de tudo o que temos dito o que mais nos interessa, porque o menino de quem falamos é o herói da história.”No Rio de Janeiro, o menino terá como padrinho um barbeiro (o compadre) e uma parteira (a comadre) que protegerão, já que Maria-da-costa trai muitas vezes o companheiro, o que acaba culminando em seu retorno parar Portugal acompanhado de um capítão de navio. Em consequência, Leonardo-Pataca acaba expulsando de casa o menino Leonardo om um vigoroso pontapé, e logo em seguida apaixona-se por uma cigana, que, por sua vez, também abandonará. Não contente ,recorre à feitiçaria para reconquistá-la e durante um ritual “místico” é preso pelo Major Vidigal, astuto e poderoso policial que a todos impunha extremo respeito. Só se livra da prisão graças à comadre que resolve interceder junto a um tenente-coronel conhecido seu, cujo filho havia seduzido Maria-da-Hortaliça, a mãe de nosso herói.
    Leonardo é então adotado pelo padrinho, o compadre, barbeiro de profissão, com mais de cinquenta anos, solteiro que rapidamente acaba afeiçoando-se muito ao afilhado. À medida, porém,que vai crescendo, Leonardo torna-se cada vez mais abusado, briguento e pouco dado ao estudo. O compadre sonha com em fazê-lo padre, e até consegue torná-lo sacristão. Mas o Leonardo não durará muito no posto, pois detesta o padre que comanda a igreja da Sé e vinga-se dela revelando parar todos os fiéis o amor proibido entre o religioso e a cigana, a mesma pela qual Pataca se apaixonara. A partir daí, Leonardo não demonstra quaisquer interesse por trabalhos ou pelos estudos.
Torna-se um vadio, de vida desregrada, mas extremamente simpático, obtendo sempre a proteção de alguém. Certo dia conhece a jovem Luisinha, que é sobrinha de uma vizinha, a D. Maria, mulher de posses e louca por demandas. Apesar da moça não possuir maiores encantos, Leonardo passa a gostar dela. Porém, logo em seguida surge um concorrente mais velho e muito interesseiro, o José Manuel, que através de várias maquinações acabará se casando com Luisinha. Este trecho relata claramente as intenções de José Manuel em relação à Luisinha:
    “D. Maria era, como dissemos, rica e velha; não tinha outro herdeiro se não sua cobrinha: se morresse D. Maria, Luisinha ficaria arranjada, e como era muito criança e mostrava ser muito simples, era uma esposa conveniente a qualquer esperto que se achasse, como José Manuel, em disponibilidade; este pois fazia a corte à velha com intenções na sobrinha.”
Leonardo não sofre muito com o casamento de Luisinha, já que ao mesmo tempo dos fatos ele se apaixona por Vidinha , mulata sensual e faceira, com a qual acabe tendo um caso. Como Vidinha tem muitos pretendentes,armam-se várias confusões, atraindo a atenção do Major Vidigal, o terror dos malandros e vagabundos. Leonardo é preso, foge, volta a ser preso e é obrigado a se tornar soldado a serviço de Vidigal. Então prega uma peça no Major que, por isso, decide acoitá-lo. Sabedora disso e sempre disposta ajudar Leonardo, a comadre forma uma comissãode senhoras para interceder junto ao incorruptível major. Além dela, seguem D. Maria, a tutora de Luisinha, e Maria-Regala, que na juventude tivera uma relação ardente com o Vidigal. O Major recebe as senhoras e quando Maria-Regalada o chama para um canto e lhe faz uma promessa (a de reatarem o antigo amor), ele cede: Leonardo não apenas recuperá a liberdade como será promovido a sargento. No mesmo dia, José Manuel, que se revelara um péssimo marido, tem uma apoplexia e morre, deixando Luisinha viúva e livre parar se casar com Leonardo n mesma igreja da Sé, onde o agora sargente das Milícias fora Sacristão.

Boca do Inferno - Gregório de Matos

Descrição da Bahia do século XVII - "imagem de um paraíso natural - mas onde os demônios aliciavam almas para proverem o inferno" - há também a apresentação do poeta sátiro Gregório - o boca do inferno - (estilo barroco).
Francisco Teles de Menezes é emborrado por 8 homens encapuzados, tem sua mão arrancada do braço e é morto por Antônio de Brito -o motivo se deu por perseguição política - estarão envolvidos no crime: Ravasco - irmão do Pe Vieira e Moura Rolim - primo de Gregório. Os homens fogem para o Colégio dos Jesuítas, mas o governador da Bahia - Antônio de Sousa Menezes, O Braço de Prata, será avisado e começará uma terrível perseguição contra todos envolvidos.
Antônio de Brito será torturado e delatará os envolvidos - Viera será perseguido - mas por representar a igreja e o poder papal o governador releva mas quer o irmão Bernardo Ravasco preso e destituído do cargo de Secretário do Estado.
Ao tentar proteger a filha Bernardina Ravasco - Gregório conhece Maria Berco que será presa ao saber que ela possuía a mão e o anel do Alcaide, o anel será penhorado.
São confiscados de Bernardo documentos escritos e os poemas de Gregório. Bernardina é presa para pressionar Ravasco a se entregar.
Rocha Pita é nomeado desembargador para investigar a morte do Alcaide. Palma, também desembargador, nega a vingança planejada pelo governador e por falta de provas, exige a soltura dos envolvidos, mas para soltar Maria Berco - Gregório teria que pagar uma fiança de 600 mil réis.
Bernardino é libertado e expatriado - O governador é destituído do cardo e o marquês de Minas nomeado para substituí-lo e restituir o cargo de secretário a Bernardo Ravasco e se apresentar imediatamente ao Rei de Portugal, mesmo assim sai do Brasil com muitas riquezas.
O próximo governador - Antônio Luís da Câmara Coutinho também será satirizado pelo poeta Gregório que terá sua morte encomendada, mas só o próximo governador - João de Lancastre é que conseguirá prendê-lo e expatriá-lo para Angola, volta mais tarde para Pernambuco mas será proibido de escrever suas sátiras. Volta a advogar e morre em 1695 aos 59 anos.
- Pe Vieira lutará por justiça social através de seus sermões - morre cego e surdo em 1697.
- Bernardo Ravasco - recebe sentença favorável ao crime contra o Alcaide e é substituído pelo filho Gonçalo Ravasco.
- Maria Berco - ficará rica mas deformada, rejeita pedidos de casamento à espera do poeta Gregório que se casa com uma negra viúva - Maria de Povos - mas não se afasta da vida de devassidão pelos bordéis da cidade. - "se eu tiver que morrer, seja por aqui mesmo. E valha-me Deus, que não seja pela boca de uma garrucha, mas pela cona de uma mulher".
- A cidade da Bahia cresceu, modificou-se o cenário de prazer e pecado - cidade onde viveu o poeta Boca do Inferno.

Bibliografia de Gregório de Matos

Gregório de Matos Guerra era o terceiro filho de um fidalgo português, estabelecido no Recôncavo bahiano como senhor de engenho, e de uma brasileira. Ao contrário dos irmãos mais velhos que não se adequaram aos estudos e dedicaram a ajudar o pai na fazenda, Gregório recebeu instrução na infância e adolescência e foi enviado para a Universidade de Coimbra, onde bacharelou-se em direito.
Teria sido juiz do Cível, de Crime e de Órfãos em Lisboa durante muitos anos. Na Corte portuguesa, envolveu-se na vida literária que deixava o maneirismo camoniano e atingia o barroco, seguindo as influências espanholas de Gôngora e Quevedo. Por essa ocasião, teria também casado e tido acesso ao rei Pedro 2o, de quem ganhou simpatia e favores.
Sua sorte, porém, mudou bruscamente. Enviuvou e caiu em desgraça com o rei, segundo alguns biógrafos, por intriga de alguém ridicularizado em um de seus poemas satíricos. Acabou retornando à Bahia em 1681, a princípio trabalhando para o Arcebispo, como tesoureiro-mór, mas logo desligado de suas funções.
Casou-se, então, com Maria dos Povos, a quem dedicou um de seus sonetos mais famosos. Vendeu as terras que recebera de herança e, segundo consta, guardou o dinheiro num saco no canto da casa, gastando-o à vontade e sem fazer economia. Ao mesmo tempo, tratou de exercer a advocacia, escrevendo argumentações judiciais em versos.
A certa altura, resolveu abandonar tudo e saiu pelo Recôncavo como cantador itinerante, convivendo com o povo, freqüentando as festas populares, banqueteando-se sempre que convidado. É nessa época que se avoluma sua obra satírica (inclusive erótico-obscena) que iria lhe valer o apelido de "Boca do Inferno". Mas foi a crítica política à corrupção e o arremedo aos fidalgos locais que resultaram em sua deportação para Angola.
De lá, só pôde retornar em 1695, com a condição de se estabelecer em Pernambuco e não na Bahia, além de evitar as sátiras. Segundo os estudiosos, nesses momentos finais de vida, tornou-se mais devoto e deu vazão à poesia religiosa, em que pede perdão a Deus por seus pecados. Morreu em data incerta no ano seguinte.
Vale lembrar que a fama de Gregório de Matos - um dos grandes poetas barrocos não só do Brasil, mas da língua portuguesa - é devida a uma obra efetivamente sólida, em que o autor soube manejar os cânones da época, seja de modo erudito em poemas líricos de cunho filosófico e religioso, seja na obra satírica de cunho popularesco. O virtuosismo estilístico de Gregório de Matos não encontra um rival a altura na poesia portuguesa do mesmo período.

Você Sabia...?

Vinicius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num minúsculo apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para aguentar o calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para ter sensação refrescante na boca.

Você Sabia...?

Monteiro Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a bolinha traseira da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. "Para ele, era licor", diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de consertar tudo. "Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra."